domingo, 28 de março de 2010

Paço dos Negros e o seu pseudo folclore

A cena evitável que se passou ontem no Paço Real da Ribeira de Muge de que me sinto envergonhado (e que mais uma vez peço desculpa aos alunos e professores), a respeito de cultura e sua pesquisa, defesa, valorização, revela duas atitudes: aqueles que com gosto dão o seu tempo e o seu dinheiro, que procuram ir às raízes, respeitar a realidade histórico-cultural, e aqueles que, quais cucos, de cultura só sabem aproveitar-se do trabalho dos outros.

Senti-me desgostoso de ver as tristes figuras que fazem: sem vergonha, ridículos, aparecem, alguns quais Pides amedrontadores, sem serem convidados, não cumprimentam, mal-educadas e autoritários dizem palavrões, pavoneiam-se a mostrar que estão ali, ficam de réu, confesso que nunca pensei ver este triste espectáculo. Tudo isto por uma simples palestra que vale o que vale.

Palestra que ainda assim positiva, tive o feedback, baseada unicamente em dados científicos, sobre a qual, se tivessem a mínima percepção do que é a cultura e a história desta terra, deixavam de fazer esta e outras figuras tristes que têm andado a fazer e que achincalham o FOLCLORE, envergonham a terra que dizem representar e são um empecilho ao desenvolvimento cultural.

Imagine porque me sinto envergonhado por a minha terra ser representada por esta gente, muitos deles mercenários, que não se preocupam em investigar.
Eis um naco do FOLCLORE DE AUTOR, que é uma deturpação histórica, e com o qual estes senhores têm andado a enganar os outros, e a enganar-se a si próprios.

Minha terra antigamente
Quem admirado não fica
Hoje chama-se Paços Negros
Dantes era Paços de Manique

Dança do Conde Manique

Continua...