sábado, 27 de março de 2010

Ignorância e caciquismo

O que se passou hoje no Paço Real da Ribeira de Muge é revelador da ignorância e caciquismo que reina em Paço dos Negros e no concelho de Almeirim.

Ao contrário do que era habitual (ainda na Quarta-feira, dia 24 de Março, o povo da localidade ali se reuniu para um sessão se sensibilização da população para estudarem as hipóteses de criação de um lar de idosos), tendo eu sido convidado para fazer hoje ali uma apresentação da história do Paço, a cerca de 30 alunos da Escola Marquesa de Alorna, para o que havia sido convidado, deparámos que as fechaduras eram outras.

Não sem antes ter passado por ali um do grupo dos caciques e ignorantes da cultura da minha terra, que deu meia volta e foi-se embora, sem ter a coragem de dizer que as chaves era ele que as detinha a partir de agora.

Entretanto aparece o senhor vereador da cultura, sr. José Carlos que disse que haviam mudado (a pedido de quem?, para tramar o povo?) as fechaduras às portas, sem comunicar ao responsável, que as detinha, autorizado e a pedido da Câmara, para abrir as portas sempre que a população necessitasse. O que sempre foi respeitado.

Por respeito ao grupo de alunos e professores dei, com todo o gosto, a minha palestra sobre a bem documentada mas até agora desconhecida História da minha terra, Paço dos Negros.

Daqui quero dizer a esses caciques e ignorantes da Cultura e da História desta terra, que fazem da arrogância da ignorância um fundamento e modo de vida, e se pavoneiam vendendo uma falsa cultura, que chego a ter vergonha do que apresentam, que chega a ser afrontoso e indigno das mulheres, da história e da cultura de Paço dos Negros. Uma fraude cultural, neste momento, que é o caso do rancho de Paço dos Negros, repleto de "mercenários", que não conhecem, nem estudaram a cultura desta terra.
Não conhecendo, como podem transmiti-la e representá-la?

A partir de agora, eles políticos, não contem mais comigo para lhes dar qualquer contributo. Não merecem.

Não preciso da colaboração de gente desprezível, que enxovalha a cultura, ignora e despreza a ciência das pesquisas, adultera a realidade, e prejudica o progresso cultural, e não só, da minha terra.

 
Não quero fazer parte desse grupo de cegos nestas coisas da cultura, a conduzir outros cegos, e que se comprazem a exibir a sua ignorância.

  
Penso que a visita correu bem, ainda assim peço as minhas desculpas ao grupo de professores e alunos.

Clique para ouvir uma dança palaciana que os ignorantes culturais do Rancho de Paço dos Negros se têm recusado a dançar, e que é uma pérola da terra. Talvez quinhentista: