domingo, 21 de março de 2010

Almeirim: No Coração da Lezíria

Encontrámos há dias este livro, interessante, sobre Almeirim. Interessante porque condensa informação dispersa, óptima qualidade de papel e impressão, dezenas de patrocinadores privados, o que pensamos ser positivo.
Contudo, pensamos ser nosso dever corrigir algumas lacunas que o mesmo apresenta no que respeita ao tema que vimos estudado. A Ribeira de Muge. Assim entre outros:

Na p. 25 repete aquela velha ideia demissionária de que de tudo o que outrora foi importante deste complexo, resta o dito Pórtico. Acrescenta-lhe a capela, vá lá. Quanto ao renovado interesse da autarquia estamos conversados.

Na p. 31 por várias vezes confunde o leitor, Muge com a Ribeira de Muge.


Na p. 32 afirma o paço de 1512. Pensamos já ser tempo de as referências virem correctas, 03 de Maio de 1511, data da escritura. Conquanto já estivesse em construção a esta data.


Na p. 33 este casal dos Frades não passa de um erro passado, derivado de falta de investigação, que é difícil corrigir.

Na p. 34-35 um desbafo da autora e uma crítica muito acertada.


Na p. 119 parece confundir a vala do moinho com a Ribeira de Muge.


Nas p. 25 e 30 faz, ainda que pedindo desculpas, referência à Inquisição introduzida por D. Manuel I. Oficialmente, com introdução dos tribunais é de 23.05.1536, ao tempo de D. João III, conquanto D. Manuel a houvesse pedido.

Desnecessária a afirmação “bem com se divertiam a negociar”. Não fica bem a um historiador.



É da Héstia Editores, com texto de Sandra Meireles Silva. Não tem data.

Sobre tudo o resto não me pronuncio, por desconhecer. Ainda assim, globalmente acho-o um livro interessante, que qualquer almeirinense deve conhecer.