Este documento informa-nos de quantos escravos viviam no Paço da Ribeira de
Muge, no ano de 1529. Que além dos escravos vivia ali um negro de nome Fernando Frade.
trecho de doc, CC, 1, mac 43, fol.110.
Eu, el-rei, mando a vós almoxarife ou recebedor do almoxarifado de Santarém, que das rendimento dele do ano passado de quinhentos e vinte e oito deis a Luís da Mota, almoxarife dos meus Paços da Ribeira de Muge, seis mil cento e vinte e cinco réis que monta ao acrescentamento que fez aos escravos e suas mulheres e filhos, que estão nos ditos Paços de seu conduto e calçado à razão de um real por dia mais aos homens e mulheres para conduto e de vinte réis por mês a cada um para calçado e aos filhos meio real mais por dia ao que dito e dez réis por mês para calçado os quais tem dezoito escravos homens quatro mulheres e oito filhos, segundo se viu por certidão do contador Pedro Matella e os ditos seis mil cento e vinte e cinco réis se montam de tempo de sete meses e vinte e cinco dias os ordenados do dito ano passado entrando aqui 542 réis que Fernão Frade o dito tempo vence soldo (?) dois mil réis que cada ano lhe acrescentei e não foram no caderno do apontamento nem tiveram pagamento do dito tempo por não apresentarem nos livros da minha fazenda o alvará do dito acrescentamento os quais dias se lhos pagareis posto que não foram no dito caderno e não tendo dinheiro do ano passado pagar-lhe-eis do rendimento do ano presente e por este conhecimento do dito almoxarife lhes serão levados em conta. Manuel da Costa o fez em Lisboa a 18 de Outubro de 1529. Fernão de Álvares o fez escrever
Rei
6.125 réis no almoxarifado de Santarém ao almoxarife dos Paços da Ribeira de Muge que montam no acrescentamento que V.A. fez aos escravos que estão nos ditos Paços e a suas mulheres e filhos como acima hei declarado dareis de 7 meses e 25 dias do ano passado e que se paguem posto que não foram no caderno e não tendo dinheiro do ano passado lhe pague deste.