Trecho da carta, Conselho da Fazenda, Liv. 136.
«...e da outra parte com os canos da água que vem da fonte que se chamava antigamente do Meichieiro que ora é de El Rei, o qual moinho tem duas pedras com uma casa grande, e defronte ao dito moinho tem mais três casas…»
Estando provado o moinho referenciado ser o antigo moinho do Paço, que aparece bem documentado durante vários séculos, que se situava, até recentemente, junto ao Monte da Borra de Ferro, serão estas três casas as casas a que se refere a Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal, Tomo XXVIII: 251, publicação de 1947, uma oficina? onde se teriam fundido os «deux monticules constitués par des scories de fondition, probablement contemporains du chateau?
Foto ruínas: de ferraria? - a cem metros do paço
Ruínas - idem
Ou serão antes, as casas pertencentes às ruínas que se vêm por debaixo do Paço quinhentista, a construir nesse ano?
Realmente está este espaço, do Paço e da Cerca, a precisar de trabalhos de um profundo estudo arqueológico, um trabalho de arqueologia que respeite a ciência, que parta das evidências concretas no terreno, e não numa pretensa pesquisa aleatória, fugindo das evidências como o diabo da cruz, que se presta a ser acusada de servir interesses obscuros, contrários à finalidade da ciência. Que foi o que aconteceu com as pesquisas recentemente efectuadas. Ciência e cientistas foram utilizados para provarem o que se pretendia, que era não haver interesse histórico/arqueológico no local. Assim, uns dizem ter tratado bem a ciência, os outros foram servidos com o resultado que manhosamente pretendiam. Ambos estão de parabéns. Desgraçadamente. Parabéns pois.
foto de o Mirante de 7-3-07