domingo, 12 de setembro de 2010

O discurso cultural em Almeirm

Agora no Verão é tempo propício para que os pseudo-agentes culturais passeiem a sua ignorância histórico-cultural, pelas aldeias de Portugal.
É isto que vamos vendo se passa no concelho de Almeirim. Eles, bem estribados no poder político, de que são fiéis acólitos, é vê-los de palanque em palanque, espalhando a mentira.
Se da política, embora saiba que conseguem fazer-se paladinos de obra para a qual até porventura votaram contra, nada me interessa.
Já nas questões da história e da cultura, com historiador e pesquisador da história e da cultura desta terra e região, é meu dever repôr a verdade nestes discursos feitos em conluio com os políticos para melhor enganarem o povo. Que, aliás, ignorante destas coisas, como eles, os aplaudem.

Copiam os discursos culturais manhosos dos políticos, e fazem afirmações como a de que o Paço da Ribeira de Muge, nunca foi um paço, antes foi como que um barracão de caça.
Remeto-os para a Carta-Escritura do mesmo, que tem a data de 3 de Maio de 1511.
Poderei mostrar-lhes pelo menos outros 100 documentos, originais da torre do Tombo, que falam neste Paço dos Negros da Ribeira de Muge, como um Paço real. Assim estivessem interessados em aprender alguma coisa.

Nem sei o que os leva a desvirtuar a realidade histórica e cultural desta terra. Afirmam agora, fruto dos seus delírios, que a Dança do Fidalgo, não pertence a Paço dos Negros, parece que a querem fazer pertencer a Fazendas de Almeirim, que não existia, esquecendo que a recolha fora feita nos anos 50 junto de Josué Guardiano de Paço dos Negros, e de sua filha, Gina, que ainda é viva. E de que a lei natural destas coisas da memória cultural, é a de a cultura ancestral permanecer viva nas aldeias mais reconditas, onde as populações viviam (vivem) mais longe de novas atracções, outros motivos de interesse, inovações, que as levam a esquecer e relegar estas coisas do passado como coisas sem interesse.

Pena é que os pseudo-agentes culturais de Paço dos Negros, amesandados que estão à mesa do orçamento, compactuem com estes dislates culturais. E que os políticos queiram este discurso no concelho que governam. E que os agentes culturais válidos, de Almeirim, e do concelho, que sabem destas mentiras culturais, como que se acobardem, à espera de um prato de lentilhas.

Certo é que estas mentiras, discursos não firmados na pesquisa e na verdade histórica,  prejudicam o progresso cultural de um povo. Para já não falar no facto de estarem reféns dos interesses e oportunidades dos políticos.
Tenho pena desta gente que assim age.

Texto integral da Carta-Escritura do Paço da Ribeira de Muge.


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Segue-se ainda mais heranças…