Para você Léna Badanela, vai esta recordação, dos tempos em que a sua voz, em cima dos palcos de lama e erva, ecoava por esta ribeira de Muge. Parabéns e mil vezes obrigado por nos proporcionar estes momento tão belos.
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Juliana, um romance que pertence ao romanceiro universal, nacional, e da Ribeira de Muge.
Eu bem te dizia ó filha, mas tu não querias ouvir,
Passadas que o Jorze dava eram só para te iludir.
– Deixe lá ó minha mãe, ó meu pai que me criou,
O Jorze também se engana, assim como ele me enganou.
– Aí vem ele minha mãe, no seu cavalo amontado…
– Pois adeus ó Juliana, como estás como tens passado?...
– Eu já cá ouvi dizer, que tu andavas para casar…
– É verdade ó Juliana, venho-te agora convidar.
– Espera aí que eu também vou, que eu quero ir ao teu lado,
Vou buscar um copo de vinho que eu p’ra ti tenho guardado.
– O que pantaste no copo, o que pantaste no vinho?
Que eu já tenho a vista turva, eu já não vejo o caminho!?...
– Se a minha mãe lá soubesse, que eu que cá tinha morrido!...
– Também a minha julgava, que tu casavas comigo!
Torradas, novas torradas
A faca que corta a cana
O Jorze queria ser esperto
Esperta foi a Juliana.