sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

1511-2011 Paço dos Negros

Ainda a comemoração dos 500 anos do Paço
 
Música medieval num ambiente mágico
 
Strella do Dia

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um ano em grande para o Paço da Ribeira de Muge

Neste final de ano revivamos algumas fotos do encerramento das muito dignas comemorações dos 500 anos do Paço Real da Ribeira de Muge.







  
 

 

 

 
 

 

 

 

 
 

 

Ainda as comemorações dos 500 anos do Paço

Paço dos Negros, de algum modo, revive as suas origens.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Academia da Ribeira de Muge - Balanço de 2001

Ao chegar ao fim deste ano de 2011, é sempre positivo fazermos o balanço do ano. Por vezes estamos em baixo, quase levados a considerar que poderíamos ter feito mais e melhor. Eis que nos surgem notícias como esta,

in o almeirinense

e que a blogosfera local relata:
«Arrancaram ontem, 07.12.2011, as comemorações dos 600 anos de Almeirim, com uma palestra no Salão Nobre dos Paço do Concelho ...
Acontece que os representantes máximos deste concelho, os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal, primaram pela sua ausência, assim como os presidentes das Juntas de Freguesia. E o convidado também não compareceu...»
Isto é o que acontece quando a ignorância da história e da cultura local reinam neste concelho.
Quando se iniciam umas atabalhoadas e serôdias comemorações quando se deveriam estar a terminar.
Esqueceram-se..., pois é... Diz o povo: esquece muito a quem não sabe...
Eis um excerto das modestas, mas dignas e atempadas comemorações que a Academis da Ribeira de Muge promoveu em Paço dos Negros para comemorar os 500 anos. Comemorações que se iniciaram 6 meses antes, com um programa mensal, inédito e sempre de temática diferente, que culminou no mês de maio, em cima da data em que 500 anos antes fora feita a Escritura.
Envolveu muito trabalho, anos de pesquisa. Foi uma pedrada no pântano que é a cultura em Almeirim: A presença de representante de Sua Alteza Real D. Duarte de Bragança, da escritora Deana Barroqueiro, a divulgação de algumas peças inéditas do Folclore local que remontarão aos séculos 16-18, a reconstituição do Paço em maqueta, a publicação do Livro que, baseado em documentação original e coeva, reedifica para a posteridade o Paço dos Negros da Ribeira de Muge.
Prova ainda que não é a mesa do orçamento que traz dinamismo aos eventos...
Prova o que já é de ciência certo, que o caciquismo não é amigo de novas ideias e de novos projectos, antes os adia e obriga a vergar-se a interesses.
Um excerto da peça, DANÇA DO FIDALGO, <iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Lc3SnTpDiIc" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>exibida aquando das comemoraçãoes dos 500 anos.
 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Serão de convívio cultural

Ausente há 4 meses, e na impossibilidade de vir em outro dia, vai a Academia ter a visita do seu Grande Amigo, Gustavo Pacheco Pimentel, dia 27 de Dezembro, à noite, para um serão de convívio, à lareira. (a partir das 19:30).
O encontro será na Casa do Fidalgo, no Paço.
Todos os amigos serão bem-vindos.

 
A Pastorinha por Gustavo Pacheco Pimentel e Maria de Jesus

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Contos das gentes de Entre-Muge-E-Sorraia

Aos amigos que têm a paciência de vir aqui de vez em quando, dedico um antigo e rude conto de Natal das gentes da minha terra.
Os meus votos de um Natal de Cristo, puro, e de um ano de 2012 com muitas forças e nada de hipocrisias.

Os ladrões e os bailes do Natal (ou os roubos no tempo em que os animais falavam)

Era uma vez um gato e um galo. Era nas vésperas de Natal. O galo viu a dona estar a afiar as facas. O gato por sua vez ouviu a dona estar a dizer que era guloso, que o punha de almargia. Desconfiados, agarraram em si, foram correr mundo.
Viviam numas grandes charnecas. Ao chegarem a uma encruzilhada, havia ali uma taberna, pararam para beber um copo e para retemperar forças. Sentaram-se. Estava lá um cão e um burro, e logo os convidaram para irem com eles correr mundo, e vá de descobrirem as razões de cada um.
– A minha dona, se não me venho embora, matava-me este Natal. Todos os anos o almoço de Natal é galo com massa de meada. – revelava o galo.
– E a minha queria meter-me dentro de uma saca e pôr-me de almargia; diz que eu sou guloso – confessava, por sua vez, o gato.
Seguiram estrada fora, os quatro da vida airada. Lá adiante, já era noite escura, iam cheios de fome, de frio, e cansados, e não viam onde pernoitar. Diz o burro: – Ó camaradinhas, que saudades do quentinho do palheiro, aonde é que a gente agora vai passar a noite de Natal com algum aconchego? Qual é de vocês que é capaz de ir acima de um pinheiro a ver se vê uma luz?
– Subo eu – diz o gato logo a afiar as unhas. Olhou em volta e viu lá longe, muito ao longe, uma luzinha muito pequenina.
Seguiram, guiados na direcção dessa luz que brilhava na noite. Ao chegar, espreitaram pelo buraco da fechadura. Estava uma velha a fazer as filhoses do Natal. Tinha a porta trancada com medo dos ladrões, pois eram uns casais muito atacadiços dos ladrões.
Diz o burro: – Qual de vocês é que é capaz de ir acima da casa, descer pela chaminé e roubar umas filhoses à velha.
– Sou eu – prontifica-se o gato.
Sobe pela chaminé, estava a roubar as filhoses, e diz a velha ao sentir ali um gato: – Tze-ta gato, que eu sou cega de um olho e piscareta do outro!
Voltou o gato para junto dos camaradas, e dividiram irmãmente a colheita. Mas a cada filhós que a velha acabava de fritar, lá estava o gato lesto a roubar-lha, e a velha a rosnar: – Tze-ta gato, que eu sou cega de um olho e piscareta do outro!
E mais uma vez, e outra vez, e mais uma filhós e outra filhós, e a velha sempre a recriminar: – Tze-ta gato, que eu sou cega de um olho e piscareta do outro!...
Quando acabou de fazer as filhoses, vai a velha piscareta a apalpar o alguidar não tinha nada lá dentro.
– Bela consoada que a gente teve, camaradas! – concordavam lá fora, os quatro da vida airada.
Estava um frio de rachar, ceado já tinham, o melhor era pedirem cómodo à velha. Assim fizeram. Bateram à porta, a velha ficou muito agradecida por já ter companhia na noite de Natal, que andavam ali ladrões.
O burro ficou a dormir atrás da porta, o gato aninhou-se ao borralho, o cão enroscou-se debaixo da mesa e o galo dormia empoleirado na trave.
Nessa noite de Natal os ladrões resolveram assaltar a casa da velha para roubar-lhe o dinheiro. Arrombaram a porta, o gato com o barulho acordou, arremelgou os olhos, e diz um dos ladrões: A velha ainda aqui tem duas brasinhas acesas, venham aquecer-se!
Diz outro: Vamos fazer um baile!
Diz outro dos ladrões: Vou acender um cigarro . Puxou de um cigarro para acender nos olhos do gato. O gato assanha-se, fila-se a ele, arranhou-lhe a cara toda; salta-se o burro lá de trás da porta, aos coices, deixou-os todos escavacados; sai-se o cão de debaixo da mesa a morder-lhes as canelas; solta-se o galo de cima da trave às bicadas. A velha estava muito contente, nunca tinha visto um baile assim: A velha bailava, o galo cantava, o cão ladrava, o gato miava, o burro zurrava. E assim se livraram dos ladrões.

Conto recolhido em Paço dos Negros

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O legado da Academia

Para os registos da Academia, foi concluída mais uma obra popular e particular sobre as gentes e a cultura da ribeira de Muge. Obra que retrata um caso raro de boa memória, conhecimento e sabedoria: "Jesuína Vitória, uma mulher da Ribeira de Muge".  Obra que aumenta e assegura o legado da cultura da Ribeira de Muge e o espólio da Academia.


Obrigado Jesuína Vitória.

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