terça-feira, 30 de junho de 2015

"Pelo sonho é que vamos"

Apesar de só na véspera ter sido cedida a chave da capela à Academia, nunca soube a Academia o porquê do impedimento, gostaríamos de ter montado uma exposição de modo a dignificar aquelas paredes nuas, ainda assim conseguiu honrar o espaço simbólico, o espaço mais nobre de Paço dos Negros, o local sagrado onde Paço dos Negros nasceu: A Capela de S. João Baptista.

E a Academia honrou esse espaço nobre e sagrado, com a publicação (a primeira), da sua própria história, com a representação de três autos do Rei Preto, a figura lendária de Paço dos Negros. A homenagem a Fernão Frade «o negro que andava na capela dos Paços da Ribeira de Muge», bem como a homenagem a Antão Fernandes nos 500 anos da sua nomeação como almoxarife deste paço. 
Parabéns pois, a todos os que contribuíram para este sucesso com o seu trabalho ou com a sua presença.
Vai a Academia, é o que sabe fazer, continuar a trabalhar para a dignificação daquele espaço, continuando a pesquisar a sua história nos documentos escritos, lutando para que também ao nível do seu subsolo interior se estude o seu passado, com escavações arqueológicas que urgem; prevenindo contra o abandono; para que se usem materiais nobres nas suas reconstruções, e não como até aqui tem sido feito: portas de alumínio, telhado de telha marselha, madeiramento de celeiro de há 50 anos;
fazendo uso da capela para eventos que dignifiquem aquele espaço sagrado de Paço dos Negros; sendo palco de eventos vários, porque não, voltar a capela, construída em 1511, que foi dedicada ao primeiro patrono de Paço dos Negros, S. João Baptista, novamente consagrada? Aqui ficam algumas ideias pelas quais vale a pena a Academia lutar.

S. João Baptista-Matriz de Almeirim.



Fotos do programa.