quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Cidadania e cultura em Almeirim
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
O Paço da ignomínia em Almeirim
http://www.cm-almeirim.pt/conhecer-almeirim/historia/item/188-pa%C3%A7o-dos-negros-da-ribeira-de-muge
Apenas o pórtico ainda marca um símbolo da História de Almeirim que continua a desafiar o tempo e a pedir que a sua imagem não se perca no esquecimento.
http://estilosdevida.rtp.pt/rtp/ruinas-do-paco-real-dos-negros-locais-a-visitar-almeirim-paco-dos-negros-fazendas-de-almeirim-640-1.html
Do antigo Paço do século XVI, resta o pórtico que dava acesso ao pátio, coroado pelo escudo real.
2080-640 FAZENDAS DE ALMEIRIM
Paço dos Negros 2080-640 FAZENDAS DE ALMEIRIM http://www.lifecooler.com/portugal/patrimonio/RuinasdoPacoRealdosNegros
Do antigo Paço do século XVI, resta o pórtico que dava acesso ao pátio, coroado pelo escudo real.
A placa local anunciadora, há muito que devia ter sido substituída, por outra que repusesse a verdade:
PAÇO REAL DA RIBEIRA DE MUGE
1511
Interior do desvirtuado Pátio, ocupado por construções. (uma casa de banho já foi demolida).
Maqueta representativa do Paço no século XVI.
Que me conste, não haverá no país outra aberração que se compare.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
O Aforamento de Paço dos Negros e o que dele está a ser feito
Trecho de Escritura de Aforamento de Paço dos Negros, acontecido nos anos de 1903 e 1904.
Aforamento que deu uma particularidade e possibilidade rara a Paço dos Negros, que os actuais residentes, e poderes políticos ainda não compreenderam o alcance futuro: com a demarcação de ruas paralelas, grosso modo da ribeira à serra e todos de 300 em 300 metros, a possibilidade de estas se transformarem em amplas avenidas, bem como a construção de algumas centenas de ruas, igualmente bem delineadas, com a demarcação progressiva de quarteirões, devido à construção, derivado do aumento populacional. Hoje está-se a desperdiçar este património. Um dia vai ser tarde.
João de Oliveira Caniço, um dos pioneiros desse aforamento, nascido em 1864 e falecido em 1963.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
As caralhotas de Paço dos Negros
Segundo confirmação junto das mulheres mais velhas, as caralhotas nasceram de as crianças pedirem às mães um bolo, e estas raparem, aproveitando os restos de massa do fundo e bordos do alguidar. Massa que enrolavam, esfregando com as mãos. Porque estes restos de massa eram mais rijos, faziam uma espécie de rolo sobrecomprido, com que as crianças se deliciavam. Este formato sobrecomprido, que modernamente se designa de baguete, nestas pessoas simples e rudes, é que lhe deu o nome de “caralhota”.
Pelo dito, pensa o autor que a caralhota nunca poderá ser um pão redondo, tipo merendeira.
Com o tempo, e maior desafogo económico, passou a usar-se a massa normal do alguidar.
Quem escreve estas linhas, ele próprio nos anos 50, pedia a sua tia Joaquina que lhe fizesse uma caralhota, por vezes até ajudava a rapar a massa do alguidar, pois a mãe apenas cozia pão de milho.
Fornada de pão, acabado de deitar, com algumas caralhotas.
Cesto com caralhotas.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
ALMEIRIM PORQUE NÃO HÁ UM PROJECTO REABILITAÇÃO DA RIBEIRA DE MUGE?
Com a devida vénia, retirado do blog “Nós somos capazes”
Escusado será repetir que foi o próprio poder político vigente em Almeirim, inclusive os autarcas das freguesias que têm a responsabilidade da preservação dos recursos dos seus territórios, que votando como votaram originaram esta situação.
ALMEIRIM PORQUE NÃO HÁ UM PROJECTO REABILITAÇÃO DA RIBEIRA DE MUGE?
A Ribeira de Muge, atravessa todo o Concelho de Almeirim, mas nasce no concelho de Abrantes, atravessa a Chamusca, Almeirim e vai desaguar no Tejo no concelho de Salvaterra de Magos (junto a Muge), outrora constituiu uma via fluvial de enorme importância para toda esta vasta área (pesca, água potável, e rega de várias culturas), hoje o seu “abandono é notório, a mesma encontra-se num estado de degradação ambiental e necessitar de uma intervenção urgente de reabilitação ambiental, nomeadamente a erradicação de vegetação invasora com aplicação de herbicidas, limpeza do leito com remoção de árvores caídas, desflorestação, poda selectiva, remoção de resíduos, desobstrução e desassoreamento, bem como a consolidação das margens em toda a sua extensão.
Não deixa de ser muito “estranho”, ou talvez não tanto, como é possível que as Câmaras, em especial a de Almeirim, não desenvolva os maiores esforços, tendo em vista a realização de obras de reabilitação deste importante recurso fluvial, através de um projecto de empreitada que deveria incidir, essencialmente, na limpeza e desobstrução das linhas de água, transversal a todos os concelhos, consideradas como sendo "zonas de risco" num cenário de inundação em período de chuvas, com vista a acautelar e prevenir eventuais inundações, a aplicação de herbicidas e erradicação de vegetação invasora, desobstrução e desassoreamento de árvores caídas da florestação e resíduos. Uma única razão a “desertificação de ideias, numa revelação de incompetência, falta de capacidade, falta de ideias e de projectos para o desenvolvimento em especial do Município de Almeirim e falta de sentido da sua missão de serviço público por parte da “gestão politica” da maioria que “desgoverna” esta Câmara Municipal?
Não se entende porque não foi até hoje realizado um projecto intermunicipal, com apoio da Administração da Região Hidrográfica, das Câmaras Municipais abrangidas e da Agência Portuguesa do Ambiente, entidades a quem deverá ser apresentado este projecto de recuperação ambiental de modo a colher também os respectivos apoios comunitários e não ser suportado pelos respectivos municípios?
sábado, 13 de outubro de 2012
Romanceiro da Ribeira de Muge
Na presente versão do medievo romance “Conde da Alemanha”, recolhida na Ribeira de Muge, de que temos conhecimento como recolhido noutras regiões com esta designação e, entre outros, o nome de “Conde Alarcos”, “Conde Alberto”, “Silvana, etc., o romance trata de princesa que vendo-se a ficar para sempre solteira, pede ao rei seu pai que mande matar a mulher do conde, para desposar este.
De referenciar nesta lição, o facto da assonância em í-a se manter do princípio ao fim, com excepção dos versos 23 e 24, cujo dístico monorrimo tem assonância em a-o.
Discutem os romanistas a origem deste romance: castelhana ou portuguesa?
Esta versão da ribeira de Muge tem uma feliz particularidade, a de situar geograficamente o romance?: Tocam-se os sinos na Alhandra; referir-se-à a informante da nossa lição da Ribeira de Muge, à Alhambra, em Granada?
Clique para ouvir: Conde da Alemanha.
https://dl.dropbox.com/u/4453889/4%20Conde%20da%20Alemanha.mp3
Começa com um excerto dos Açores, outro da Beira Alta, de José Alberto Sardinha e termina com a versão da Ribeira de Muge.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
O Romanceiro Medieval da Ribeira de Muge
Hoje dispus-me a voltar a ouvir o melhor da nossa música étnica:
Michel de Giacometti, Trás-os-Montes.
INTEMPORAL.
Ora, neste romanceiro, o tema D. Fernando é o mesmo romance medieval que recolhemos na Ribeira de Muge e que tem o nome de O Soldadinho.
Comparemos ambos os temas.
Clique para ouvir:
https://dl.dropbox.com/u/4453889/O%20Soldadinho%202.mp3
Começa com um excerto da versão de trasmontana, continua com a lição recolhida na Ribeira de Muge, e termina com um excerto da mesma, numa recreação da Academia Itinerarium XIV.
domingo, 7 de outubro de 2012
A sedução na cultura popular
Hoje vou apresentar neste espaço a prova de que em matéria de cultura se pode subir ao povo, e com o povo, como nos diz Pedro Homem de Melo.
Em vez de nos retermos em folclorices que denigrem a nossa cultura popular, que nos são apresentadas nos espectáculos vazios do “agora seguidamente…”, sem dignidade, nestas aldeias entregues a autênticos carroceiros da cultura, quase sempre falsificadas, de modo a servirem o poder político, que deles se serve passando o cheque senvergonhista, em cima do palanque.
Nesta metáfora do povo simples, recolhida em Paço dos Negros, está presente toda a riqueza e simbolismo da sedução HOMEM/MULHER: O tremoço rechonchudo, o rapaz homem feito que já bebe da murraça, garboso, responsável; a pevide na simbologia feminina, a conquista da mulher, frágil, a pevide brejeirinha, o tremoço pequenino antes de cozido, e que é escorregadio.
Clique para ouvir:
O tremoço rechonchudo
https://dl.dropbox.com/u/4453889/tremo%C3%A7o%20rechonchudo.mp3
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Os moinhos da Ribeira de Muge
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Do Romanceiro Nacional
Nesta recolha da Academia Itinerarium XIV- Ribeira de Muge, podemos ver a alegria que o homem ribatejano põe nas suas recriações.
A Pastorinha, numa bonita e plangente versão das nossas Beiras Trasmontanas, de José Alberto Sardinha, comparando com a vivacidade das gentes do Vale da Ribeira de Muge, onde foi recolhida junto de Jesuína Vitória, num trabalho da Academia.
clique para ouvir:
Versão beirã, e da ribeira de Muge. Solistas Gustavo Pacheco Pimentel e Maria de Jesus.