terça-feira, 25 de outubro de 2011

Paço da Ribeira de Muge - Os últimos 7 anos


Vista do Paço em 2004



 Vista do Paço e Moinho em 2004
 

Vista do Paço em 2010



Vista do Paço em 2011




Vista do Paço no futuro

domingo, 16 de outubro de 2011

Criação do Coro das Mulheres da Ribeira de Muge.

Com muito trabalho, mas com muita alegria, está a Academia a saborear os resultados das pesquisas de longos anos.
Iniciámos hoje a criação do Coro das Mulheres da Ribeira de Muge. Tratámos, desta vez, do Folclore religioso, recolhido na Ribeira de Muge. Foi hoje o primeiro ensaio. Estamos todos a aprender e a reaprender pois, estas mulheres, se umas nunca cantaram este reportório, as que o cantaram, há já  umas boas quatro/cinco décadas que deixaram de o fazer.
Mas o mais importante, deste sucesso, é o facto de estarmos a recuperar verdadeiras pérolas do FOLCLORE RELIGIOSO, que estavam em vias de extinção nesta região, quiçá em todo o país.

Aos visitadores deste blogue oferecemos uma destas preciosidades. Pedimos desculpa, mas trata-se de uma rudimentaríssima gravação, à primeira, e no primeiríssimo ensaio.

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

RECOLHAS DA ACADEMIA: CONDE DA ALEMANHA

O “Conde da Alemanha” que também aparece com o nome de conde Alarcos, conde Alberto, etc., é um romance novelesco classificado como pertencente ao Ciclo carolíngio. Existe desde 1511 no romanceiro geral castelhano, mas segundo o grande romanista espanhol, Pidal, assim como o romance jogralesco derivou dos cantares de gesta anteriores, remontará a sua origem a data anterior, ao romance jogralesco do século XIII/XIV.

Discute-se a sua origem. Segundo Garrett, este romance trata de um caso da história de Portugal ou de Espanha. Durán no seu Romancero General compara-o com o do Duque de Bragança. Teófilo situa a sua origem nos povos do sul da Europa.
Esta versão tem uma feliz particularidade, a de situar geograficamente o romance: Tocam-se os sinos na Alhandra; referir-se-á a informante da versão da Ribeira de Muge, à Alhambra, em Granada?

Certamente fruto da fértil imaginação do povo, em outras lições, o romance “Conde da Alemanha” na maioria das variantes de que temos conhecimento, trata do caso de uma rainha que tida de amores ilícitos, é descoberta pela própria infanta sua filha; contudo, esta para levar à morte o sedutor e padrasto, “padrasto com pai vivo!”, e ainda assim não denunciar a mãe (que a tenta subornar), junto do rei seu pai, faz-se passar ela própria por vítima de tentativa de abuso por parte do dito conde galanteador.

Na presente versão do “Conde da Alemanha”, que também tivemos conhecimento como recolhido noutras regiões com esta designação e, entre outros, o nome de “Conde Alarcos”, “Conde Alberto”, “Silvana, Filha do Rei de Itália”, etc., o romance trata de princesa que vendo-se a ficar para sempre solteira, pede ao rei seu pai que mande matar a mulher do conde, para desposar este.

Apesar da decadência do romanceiro a partir do século XVII, Maria da Ascensão Rodrigues diz-nos que este romance, que canta o sentimento de povos semi-bárbaros, “continuou a reimprimir-se, sendo o mais divulgado na tradição portuguesa.”
De referenciar neste “verso”, recolhido na Ribeira de Muge, em Paço dos Negros, o facto da assonância em í-a se manter do princípio ao fim, que segundo os mestres denota pureza, com excepção dos versos 23 e 24, cujo dístico monorrimo tem assonância em a-o.

Lição bastante completa, apesar de não integrar o tema fantástico ou milagroso: Um menino com oito meses, p’la sua boca o dizia, temática que recolhemos junto de uma outra informante na localidade vizinha de Marianos.

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Na voz de Jesuína Vitória, uma mulher nascida nos anos 20, que o aprendera de sua mãe. Jesuína Vitória, uma das mais copiosas e uma das últimas transmissoras desta rica tradição oral que é o Romanceiro:
Conde da Alemanha

domingo, 2 de outubro de 2011

Coro das Mulheres da Ribeira de Muge


Pesquisar, recolher, registar, divulgar, dignificar todo o património histórico e cultural do médio curso da ribeira de Muge, quer seja património material, quer imaterial, é a missão da Academia.

Está a Academia da Ribeira de Muge a preparar um reportório de Folclore Religioso cantado, recolhido na ribeira de Muge. Será cantado à capela (sem instrumentos musicais), pelo Coro das Mulheres da Ribeira de Muge, tal como era em tempos passados.

Reportório a preparar, para patentear o registo e para apresentação em Concerto de Natal. Entre outros:

Bom Jesus da Aurora

Divina Eucaristia

São Jerolmo

Quinta-feira d’Endoenças

Uma triste noite escura

Oração às almas

Magnifa de Nª. Senhora

À beira do rio

Maria

Nome de Maria

Senhora da Nazaré

Senhora do Carmo

A devota da ermida

As doze excelências

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As doze excelências (Pequeno excerto de um total de 14 minutos) De salientar os arcaísmos na linguagem.