sexta-feira, 27 de julho de 2012
Rei Preto, o mito de Paço dos Negros
Baseado nas len das que fazem parte da mitologia de Paço dos Negros:
De que o Rei Preto era filho de princesa portuguesa que teve um filho negro e o rei para aqui o mandou;
Outra de que era filho de um sultão africano;
Outra ainda de que fechava os gatos num quarto, quarto que ainda existe no paço, e lhes batia, gritando: “Valha-me Nosso Senhor Jesus Cristo”;
Na figura do negro Furunando, em Gil Vicente;
Nos bronzes do Benim;
Nos documentos da época, em que o rei D. João III (1529), pagava soldo a Fernando (Furunando) Frade, homem preto da capela de Paço dos Negros;
Ainda nos registos em que se fizeram baptizados em série no Benim, em que o rei mandava dar aos negros guinéus vindo ao reino, sempre um barrete vermelho, um gibão vermelho (ou dalguma cor);
Na tradição dos povos do golfo da Guiné de usarem um barrete vermelho;
Na tradição local, de que o Rei Preto era traquinas, refilão, autoritário, vaidoso;
Criou a Academia da Ribeira de Muge a figura do Rei Preto, que doravante proporá como o ex-libris de Paço dos Negros da Ribeira de Muge.
Pedimos desculpa pela qualidade artística da obra mas, pior será deturpar, não fazer nada pela genuína cultura de Paço dos Negros.
O Moinho dos Foros
O moinho dos Foros de Benfica é mais um monumento que se prepara para nem deixar rasto. No sopé da Serra de Almeirim, era bem imponente.
domingo, 15 de julho de 2012
O Património
Paço dos Negros. O Lagar de azeite.
É pena não haver sensibilidade para se reconhecer o valor patrimonial, histórico, cultural, mesmo económico, no futuro, que tem, para uma aldeia pobre, um monumento destes. Junto da escola, o que deveria ser um bom exemplo para o ensino e aprendizagem, para os alunos, é, antes, um mau exemplo de como é natural deixar-se morrer o que é velho. Incluindo as pessoas.
Já sei que devido ao caciquismo reinante, vai haver um coro de vozes críticas, “dizem as ditas: “naquilo que é seu, cada um faz o que quiser”. Faça-se.
Ignoram que a história e a cultura não têm dono.
Francisco Fernandes, antigo dono, e filho, com trabalhadores .
Estado actual.
terça-feira, 10 de julho de 2012
O Cancioneiro religioso da ribeira de Muge
Ainda existem pérolas perdidas. É preciso apenas procurá-las e não andar a perder tempo com folclorices serôdias que nunca aconteceram e apenas contribuem para o esquecimento da genuína cultura do povo.
É cantado por esta mulher, nascida na década de 20: Jesuína Vitória.
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