segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Manuel Maria Cipriano e Jesuína Fidalgo Rosa PESSOAS DE BEM

Foi hoje, 27-9-2010, efectuado o registo notarial da Associação de Solidariedade Social Manuel Maria Cipriano, Paço dos Negros.

Jesuína Fidalgo Rosa e Manuel Maria Cipriano, pessoas de fé e de bem, como já se não encontra facilmente, ofereceram todos os seus bens para esta Associação.

Dizia o Benemérito, no acto da Escritura: Não tenho filhos…

Pois lhes digo eu: Têm, a partir de agora, em Paço dos Negros, 1324* filhos, pelo menos, que são tantos os habitantes de Paço dos Negros.


* Fonte INE.


Os beneméritos: Jesuína Fidalgo Rosa e  Manuel Maria Cipriano.
Foto da capa do livro de sua autoria: Uma Viagem pelo Paraíso Natural da Ribeira de Muge.


domingo, 26 de setembro de 2010

FOLCLORE e folclorice



Parafraseando Mário Saa a propósito de uma outra ciência, a arqueologia:

...os preconceitos “folclóricos” quando este tema desabrochava para a ciência, mais não fizeram que um acumular de erros que não é fácil hoje desfazer.

Vem isto a propósito do meritório trabalho do Rancho Folclórico de Benfica do Ribatejo, o qual ontem tivemos o ensejo de apreciar no Cine-Teatro de Almeirim.

Pareceu-nos que está este Rancho com vontade de empreender um novo conceito de cultura popular, a devolver à palavra Folclore o seu genuíno significado: Cultura do povo. A retirar-lhe a carga negativa e aviltante, de coisa mais ou menos improvisada, mais ou menos fantasista, mais ou menos irreal, que em Portugal passou a aplicar-se também a pessoas cujos actos têm estas características, que um pseudo folclore, sem se firmar nas raízes, mais ou menos circense, que por aí pulula, tem permitido que degenerasse.

Trabalho artístico que, repito, tem mérito, contudo, porque baseando-se em filmes, jóias raras é certo, de meados do século xx, pode enfermar por, talvez, não reconhecer estes já atacados dessa doença da propaganda de um certo regime, que tem vitimado o nosso folclore como genuína expressão da cultura de um povo.

O que é genuíno, desde que bem representado, é bom. A prová-lo um momento bem conseguido, e aplaudido, que foi uma dança, talvez “à sesta”, apenas ao som de uma flauta.

O final do espectáculo, a apologia dessas fantasias que tiveram o seu tempo, foi a prova provada dessas influências perniciosas, culturais e políticas, que muitos designam de salazaristas, de que se não consegue a nossa cultura libertar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Inaugurações e legitimidades




À parte as pequenas estórias, e rivalidades, que sempre acontecem nestas inaugurações nestas pequenas aldeias, manda a verdade que se reponha o rigor histórico no processo da construção da igreja e casa mortuária de Marianos, agora inauguradas com pompa e circunstância.

Eis a votação, em Assembleia de 6 de Setembro de 2008: (da INTERNET).

Total de Votantes 24: PS 14, restante Oposição 10.

Foi aprovada com 12 votos a favor:

CDU 6

PSD 3

CDS 1

2 DO PS QUE VOTARAM CONTRA A ORIENTAÇÃO DO PARTIDO.

(1 de Sílvia Bento e o voto de qualidade do Presidente da mesa Armindo Bento).

1 abstenção do PS.

11 PS votaram contra, isto é, todos os restantes membros da Assembleia.
Alguns deles os mesmos que ora se vangloriam desta inauguração.

Como se viu, foram os que no sábado, no campo da bola, pela obra feita, deitaram os foguetes, se auto-elogiaram, um verdadeiro panegírio, aliás penso que sem qualquer mérito seu, pois foi com o dinheiro de todos nós, a que não faltou a baba e o ranho habituais, foram os mesmos que votaram em Assembleia contra o apoio à sua construção.

Foi de tal modo o aproveitamento político e o outo-elogio, que no domingo ainda era notório a ressaca e o mal-estar nas caras dos ditos, e nos discursos sofridos e emocionados daqueles que realmente trabalharam e deram o seu tempo, o seu descanso, e porventura o seu dinheiro, que nestas coisas quem se mete nelas, tem sempre de dar, e se viram relegados.

Onde estavam os que permitiram a sua aprovação na Assembleia Municipal, tanto da Oposição, como os que votando decerto contra a indicação do partido: Armindo Bento, Sílvia Bento, pois foram eles que permitiram a aprovação. Não os vi lá. Não foram convidados?

Pessoal de Marianos, pareciam muito felizes, é certo, mas não lhes fica bem a ingratidão, e muito menos bater palmas a quem se aproveita da inciativa e trabalho dos outros.

Fica registado este caso para a história destas pequenas aldeias da Ribeira de Muge.

domingo, 12 de setembro de 2010

O discurso cultural em Almeirm

Agora no Verão é tempo propício para que os pseudo-agentes culturais passeiem a sua ignorância histórico-cultural, pelas aldeias de Portugal.
É isto que vamos vendo se passa no concelho de Almeirim. Eles, bem estribados no poder político, de que são fiéis acólitos, é vê-los de palanque em palanque, espalhando a mentira.
Se da política, embora saiba que conseguem fazer-se paladinos de obra para a qual até porventura votaram contra, nada me interessa.
Já nas questões da história e da cultura, com historiador e pesquisador da história e da cultura desta terra e região, é meu dever repôr a verdade nestes discursos feitos em conluio com os políticos para melhor enganarem o povo. Que, aliás, ignorante destas coisas, como eles, os aplaudem.

Copiam os discursos culturais manhosos dos políticos, e fazem afirmações como a de que o Paço da Ribeira de Muge, nunca foi um paço, antes foi como que um barracão de caça.
Remeto-os para a Carta-Escritura do mesmo, que tem a data de 3 de Maio de 1511.
Poderei mostrar-lhes pelo menos outros 100 documentos, originais da torre do Tombo, que falam neste Paço dos Negros da Ribeira de Muge, como um Paço real. Assim estivessem interessados em aprender alguma coisa.

Nem sei o que os leva a desvirtuar a realidade histórica e cultural desta terra. Afirmam agora, fruto dos seus delírios, que a Dança do Fidalgo, não pertence a Paço dos Negros, parece que a querem fazer pertencer a Fazendas de Almeirim, que não existia, esquecendo que a recolha fora feita nos anos 50 junto de Josué Guardiano de Paço dos Negros, e de sua filha, Gina, que ainda é viva. E de que a lei natural destas coisas da memória cultural, é a de a cultura ancestral permanecer viva nas aldeias mais reconditas, onde as populações viviam (vivem) mais longe de novas atracções, outros motivos de interesse, inovações, que as levam a esquecer e relegar estas coisas do passado como coisas sem interesse.

Pena é que os pseudo-agentes culturais de Paço dos Negros, amesandados que estão à mesa do orçamento, compactuem com estes dislates culturais. E que os políticos queiram este discurso no concelho que governam. E que os agentes culturais válidos, de Almeirim, e do concelho, que sabem destas mentiras culturais, como que se acobardem, à espera de um prato de lentilhas.

Certo é que estas mentiras, discursos não firmados na pesquisa e na verdade histórica,  prejudicam o progresso cultural de um povo. Para já não falar no facto de estarem reféns dos interesses e oportunidades dos políticos.
Tenho pena desta gente que assim age.

Texto integral da Carta-Escritura do Paço da Ribeira de Muge.


RETIRADO
Segue-se ainda mais heranças…






sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ACADEMIA ITINERARIUM XIV DA RIBEIRA DE MUGE




Convidam-se todos os habitantes de Paço dos Negros, e todos os amigos desta Academia nascente, para a estreia absoluta do Coro da Academia, amanhã, 11, sábado, na igreja de Paço dos Negros.
Esta actuação é integrada na recepção ao Sr. Bispo de Santarém, no âmbito da visita pastoral, que ora decorre, após a missa das 18:30.
Serão apresentadas três peças do romanceiro medieval nacional, recolhidas em Paço dos Negros: O Bom Jesus d'Aurora, D. Inês e O Soldadinho.